| |  | | Querida, a casa chegou! A m-ch pode ser transportada até de helicóptero |  | | | |
A casa cubo
Empresa austríaca lança a micro compact home, com apenas 2,6 metros quadrados, mas totalmente completa. Será que vai pegar?

por Lílian cunha
Em 2005, a Apple lançou o iPod Nano e vendeu mais de um milhão de unidades em apenas 17 dias. Oito anos antes, a DaimlerChrysler colocou nas ruas o pequeno Smart, carro três vezes menor que um modelo comum (que até agora gerou prejuízos de US$ 3,6 bilhões à montadora). Na mesma onda minimalista – e no melhor estilo “menos é mais” – uma empresa austríaca lançou a casa microcompacta ou micro compact home” a m-ch, como é chamada. Trata-se de um cubo de alumínio com área interna de 2,6 metros quadrados. Isso mesmo: a casa cubo é praticamente do tamanho do banheiro da maioria das residências comuns. Mas tem suas vantagens: não precisa de mobília (todos os móveis são retráteis e vêm acoplados à casa) e dispensa a compra de eletrodomésticos: a m-ch “sai de fábrica” com TV de plasma, todos os acessórios e parafernália de cozinha, computador, sistema de som e comunicações, aquecimento e ar condicionado. Tudo embutido e ao alcance das mãos. | |  | | A vila cubo: estudantes alemães, que moraram quatro meses na m-ch, aprovaram a casa |
A casa é multifuncional: dependendo da necessidade do morador, a área interna muda. Se for hora de dormir, o ambiente se transforma em quarto, com cama de casal em estilo de casa japonesa. Acordou e quer tomar café? A cama vira mesa e da parede sai uma bancada com pia e fogão para o preparo de refeições. Na hora de trabalhar, a mesa vira escritório, com computador e iluminação no sistema LED (Lighting Emmiting Diodes, ou seja, placas semelhantes a telas de celular embutidas no teto). Quer descontrair um pouco? Uma das paredes vira TV de tela plana. Antes que a dúvida surja: dá para tomar banho e usar o toalete normalmente. A casa, aliás, é totalmente ecológica. Tem sistema de tratamento de água, placas solares que transformam a energia solar em elétrica para abastecer não só os eletroeletrônicos como também o sistema de refrigeração e aquecimento do ar. | |  | | Ambientes reversíveis: o cubo já vem com todos os eletroeletrônicos da vida moderna |
Produto de quatro anos de pesquias, a m-ch é uma criação do arquiteto alemão Richard Horden. É toda construída em alumínio e conta com equipamentos da Fujitsu Siemens e Siemens Electrogeräte. A fabricação ficou por conta do casal austríaco Rupert e Nicole Gatterbauer, que entregam em toda Europa (somente) e cobram 72 mil euros – ou R$ 196 mil – o preço de um bom apartamento em qualquer grande cidade brasileira. “A casa não é para servir como residência oficial de uma pessoa”, diz Horden. “Ela é perfeita para fins de semana, pois é possível instalá-la em qualquer terreno, na neve ou à beira mar”. Se o comprador pagar mais um pouquinho pelo frete, pode até receber a m-ch de helicóptero. Nem o casal Gatterbauer, nem o arquiteto dizem quantas unidades já foram vendidas desde o lançamento, há quase um ano. Sabe-se apenas que chama a atenção onde quer que seja colocada. Há pouco mais de seis meses, uma vila de casas-cubo foi erguida para estudantes de Munique, que residiram cada um em uma das m-ch por até quatro meses. Os garotos aprovaram a experiência. E como na Europa uma casa não sai por menos de R$ 250 mil (em bairros bem afastados do centro da cidade), há chances para a m-ch emplacar, como o iPod Nano. Ou será um mico como Smart?  |
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